segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A saudade é um sentimento estranho, ela vem e fere um pouquinho, devagarinho e vai, depois quando volta, volta no mesmo lugar e fere na mesma ferida e sente como se já existisse na mesma intensidade de antes, como sempre e nunca deixa de vir, visitar e ferir. A sensação que deixa, a coseira que fica presente, latente, é como melancolia e assim a dor da saudade nos embrutece aos poucos, levemente e lentamente.
Isso desde que matemos a saudade periódicamente, caso não a matemos (por fraqueza ou por destino) ela cresse tanto que nos consome e a coseirinha se torna uma lepra. Por isso vou sempre matar a saudade das e nas pessoas que amo, mas a saudade imposta coça como um comichão, minha mão, minha mente e minha mandídula.

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